segunda-feira, 21 de novembro de 2016

AVALIANDO O PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NO BRASIL COM FOCO NA MELHORIA DA EDUCAÇÃO: IMPACTOS NEGATIVOS DA ESCOLA SEM PARTIDO E DA PEC 241 (MONOGRAFIA)

AVALIANDO O PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NO BRASIL COM FOCO NA MELHORIA DA EDUCAÇÃO: IMPACTOS NEGATIVOS DA ESCOLA SEM PARTIDO E DA PEC 241 (MONOGRAFIA)

Por:  José Aroldo Gonzaga Arruda Filho
(Historiador formado em Licenciatura Plena em História em 2010 e pós-graduado em Gestão Escolar em 2016. Criador do Arquivo Público de Pacoti em 2009 e presidente do Jornal Delfos-CE desde 2007).

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

POLICIAIS DA TROPA DE CHOQUE SE RECUSAM A BATER EM MANIFESTANTE E DISPERSAM

https://colunadiamante.blogspot.com.br/2016/11/policiais-da-tropa-de-choque-se-recusam.html
POLICIAIS DA TROPA DE CHOQUE SE RECUSAM A BATER EM MANIFESTANTE E DISPERSAM

Policiais dispersam do Choque no Rio de Janeiro durante tentativa de ocupação da ALERJ -Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro-, sendo ovacionados pelos manifestantes e presos pela PM logo em seguida.

Esses policiais que se recusaram a bater em manifestantes que lutam contra o PACOTE DE MALDADES do Governo merecem uma #Medalha_de_Honra_ao_Mérito cada um por exercer assim a cidadania acima dos seus próprios cargos.


A ALERJ segue ocupada.

Ateu Poeta, O Historiador de Pacoti
https://www.facebook.com/deputadofederal/videos/1324683070957979/?hc_ref=NEWSFEED

http://oglobo.globo.com/rio/pms-do-batalhao-de-choque-que-se-juntaram-manifestantes-sao-presos-20473735

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

OS ACENDEDORES DE MANHÃS

OS ACENDEDORES DE MANHÃS

Ah! Esses meninos. Ah! Essas meninas.

Espalham-se pelas ruas, pelas escolas, pelas universidades. Não se contentam mais em esperar pelo amanhã, não querem apenas, como deles dizia Máximo Górki, ter a face do amanhã. Têm sede de hoje, estão famintos pelo agora.

Quem são esses meninos, que ocupam o Brasil, que transbordam em sua juventude e em sua rebeldia, que não podem mais ser escondidos, por mais que tentem? São herdeiros de outros meninos, em lugares e em tempos tantos da nossa história. São herdeiros daquele menino baiano Antônio de Castro Alves, abolicionista e republicano, voz tão poderosa a pregar aos séculos que “toda noite tem auroras” e a dizer aos moços como ele que “não tarda a aurora da redenção”. Descendem eles do menino alagoano Zumbi, que imberbe ainda comandou homens e sonhou a liberdade.

Quem são essas meninas, buliçosas e de olhar tão vivo, que transpiram beleza e coragem, que erguem a voz doce e firme em tribunas hostis, obrigando velhos conservadores a desviar o olhar, envergonhados e derrotados, por mais que se vistam de vencedores? São descendentes diretas daquela menina Anita Garibaldi, que aos dezoito anos fazia guerra e amor, incendiando o sul do Brasil com a chama da liberdade. Elas vêm da baiana Maria Quitéria, pondo em fuga o opressor português. Vêm de outra baiana, Maria Bonita, que aos vinte anos armou a ternura e alou-se em lenda na caatinga sertaneja.

Por que despertam tanto ódio nas elites, por que são tão atacados? Não são um exército com tanques, mísseis, fuzis. Não são uma força estrangeira a nos invadir. Qual o perigo que representam, então? Por que jornais e emissoras de TV se empenham tanto em atacá-los? Por que representantes de um governo ilegítimo, velho, machista e misógino, atacam com tal força essas meninas que discursam? Por que recrutam milícias que parecem integralistas saídos de um mofado livro de História para atacar esses jovens?

É que esses meninos, essas meninas, riso solto e gargalhada livre, são uma grande ameaça. Os alicerces desse edifício secular das classes dominantes tremem ante o riso deles, temem a sua gargalhada. Mas acima de tudo, o que causa temor mesmo são os sonhos desses meninos e meninas. Sim, eles sonham. Sonham com educação de qualidade, sonham com justiça, sonham com uma polícia que não seja executora da juventude, sonham com um Brasil novo e têm a mais pura e justa certeza de que o novo sempre vem.

É por isso que eles são tão perigosos. É por isso que há jornalistas vendidos que os atacam. É por isso que há promotores de justiça que ordenam que eles sejam algemados. É por isso que há juízes que autorizam e recomendam o uso de técnicas de tortura contra eles. É por isso que há policiais prontos a bater, a socar, a prender. Porque esses meninos e essas meninas são perigosos, porque eles agarraram o futuro com as mãos e querem que o futuro seja aqui e agora, e não num tempo que nunca chega. Esses meninos são perigosos porque eles podem colocar o mundo de ponta cabeça, e de virá-lo em festa, trabalho e pão, como sonhou o poeta.

E esses meninos e essas meninas estão armados. Suas armas são as ideias que carregam, são o verbo que corta, a voz que inflama. Estão armados, eles. Trazem consigo a arma mais poderosa que há. Como em Pessoa, trazem em si todos os sonhos do mundo.

Parece que saíram de algum poema, esses meninos, essas meninas. Parecem que saíram de algum poema, para em tempos de tanta escuridão, de noite tão comprida, correrem pelas esquinas do Brasil, chamando pela aurora, acendendo as manhãs.

Joan Edesson de Oliveira